O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, tem enfrentado longas filas e atrasos nos controles de fronteira, provocando reclamações de passageiros e preocupação entre companhias aéreas e entidades do turismo. O problema, que se agravou nos últimos meses, afeta principalmente os viajantes vindos de fora da União Europeia, como os brasileiros.
Segundo reportagem da Euronews Portugal, as filas podem ultrapassar duas horas de espera, especialmente nos horários de pico da manhã e à noite. O principal motivo é a entrada em vigor do novo sistema europeu de controle de fronteiras (EES – Entry/Exit System), que passou a exigir o registro biométrico de todos os viajantes extracomunitários — ampliando o tempo de atendimento em cada guichê.
Companhias aéreas como a Ryanair e a TAP têm pressionado o governo português para resolver a situação, alertando que o aeroporto de Lisboa se tornou “um gargalo para o turismo”. A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) também manifestou preocupação, afirmando que o problema “afeta a imagem do país e gera prejuízos à experiência do visitante”.
Além da mudança no sistema de controle, a falta de pessoal da Polícia de Segurança Pública (PSP) nos postos de imigração e as limitações estruturais do aeroporto agravam o cenário. Em dias de maior movimento, os corredores ficam lotados e muitos passageiros acabam perdendo conexões ou aguardando horas para recuperar bagagens.
Autoridades portuguesas afirmam que estão trabalhando para reforçar o efetivo e modernizar os sistemas automáticos de controle, além de acelerar a adaptação do EES.
“Sabemos que o impacto inicial é significativo, mas acreditamos que o sistema trará mais segurança e fluidez a longo prazo”, declarou um porta-voz do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) à imprensa local.
Para quem viaja a Lisboa, a recomendação é chegar com antecedência mínima de três horas para voos internacionais e verificar as orientações da companhia aérea.
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